A Polícia Civil do Piauí informou nesta terça (23) que indiciou 10 pessoas por organização criminosa, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro, em Teresina, por meio da Operação Jogo Sujo, deflagrada em 11 de janeiro. Conforme a polícia, o influenciador Itallo Bruno e outros investigados fizeram colaboração premiada, assumiram os crimes, abriram mão dos bens adquiridos e deram à polícia detalhes e novos elementos sobre o caso.
Durante coletiva de imprensa, o delegado Humberto Mácola destacou que um dos principais pontos da investigação foi a suposta ligação dos investigados com facções criminosas. Segundo ele, a investigação apontou que não há vínculo entre o influencer e esses grupos, suspeita levantada inicialmente pela polícia.
Segundo o delegado Humberto Mácola e o advogado do influenciador, Lucas Villa, houve uma transação pontual com uma pessoa investigada por fazer parte de facção para a compra de um veículo, o que não indica que o indiciado faça parte desse grupo. Conforme a defesa de Ítalo, a suspeita surgiu devido à grande movimentação financeira por parte do seu cliente.
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Para a soltura e concessão de alguns benefícios, segundo a polícia, Itallo e outros investigados aceitaram fazer uso da colaboração premiada. Conforme o delegado Alisson Macedo, além de acelerar as investigações e reduzir custos para o estado, foi possível à polícia ter acesso a informações fundamentais para o combate de outros crimes.
Além da colaboração e entrega de informações à polícia, o influenciador reconheceu os crimes e abriu mão de todos os bens adquiridos por meio da prática ilegal. O valor movimentado estimado pela polícia é de R$ 4 milhões. Os valores, conforme os delegados, serão destinados a ações sociais, entre elas instituições de apoio a pessoas que fazem parte do espectro autista.
Entre os benefícios, os investigados que fizeram parte da colaboração premiada podem ter a extinção da pena pelos crimes, com o compromisso de não reincidir na prática. No caso de Itallo Bruno, as redes sociais, que haviam sido bloqueadas pela Justiça, serão liberadas novamente. Segundo o advogado de Itallo, Lucas Villa, ele também poderá voltar a fazer rifas online, “desde que autorizadas”.
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